Livros

Colocarei aqui, nesta página, ensaios e avaliações críticas sobre certos livros.

Não pretendo fazer spoilers, nem vou dar de mão beijada o resumo dos mesmos, mas tão somente introduzir seu conteúdo e tecer alguns comentários. Portanto, não adianta me pedir para fazer uma dissertação ou trabalho escolar sobre algum livro aqui citado.

Ademais, é sempre bom lembrar que ainda que eu recomende um livro, não estou endossando todo o seu conteúdo mas, sim, dizendo que em geral o livro é bom e há o que aproveitar dele, sob um ponto ou outro.

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Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental

Como a Igreja Católica construiu a civlização ocidental

Como a Igreja Católica construiu a civilização ocidental
How the Catholic Church built western civilization
Thomas E. Woods Jr.

2005
Avaliação (5 de 5): 

O historiador Thomas E. Woods Jr., PhD, faz nesta obra um apurado de fatos que mostram a contribuição, a gigantesca contribuição, que a Igreja Católica deu para a formação da nossa civilização Ocidental, tão atacada hoje em dia.

Avanços científicos, controvérsias e polêmicas são descritas de uma forma imparcial, mostrando-nos o que muitas vezes nos é ocultado, proposital ou involuntariamente, nas aulas de história nas universidades brasileiras bem como nos ensinos fundamental e médio, seja por ignorância, seja por mau caráter, justamente proveniente dos que querem tanto atacar a Civilização Ocidental que, devido às suas sólidas bases com o direito romano, a filosofia grega e a moral judaico-cristã,  impede a implantação de utopias totalitárias.

Quantos não pensam que a Igreja foi contra a Ciência e que era medieval foi uma “época de trevas”? O que muitos não sabem é que foi a Igreja, segui quem fundou as Universidades e justamente durante a Idade Média! As Universidades de Bologna, Salermo, Sorbonne, Montpellier, Roma e Siena são apenas algumas das mais antigas e notáveis.

São informações como estas que encontramos nesta obra que é sem dúvida, para todos, católicos ou não, ocidentais ou não, must-read.

Para se ter uma noção do que é abordado no livro, deixo um índice com alguns dos conteúdos nele inseridos:

  1. A Igreja indispensável;
  2. Uma luz nas trevas;
  3. Como os monges salvaram a civilização;
  4. A Igreja e a Universidade;
  5. A Igreja e a Ciência;
  6. Arte, arquitetura e a Igreja;
  7. As origens da Lei internacional;
  8. A Igreja e a Economia; (Vale salientar que Thomas Woods Jr. também é da área de Economia.)
  9. Como a caridade católica mudou o mundo;
  10. A Igreja e a Lei ocidental;
  11. A Igreja e a moralidade ocidental;
  12. Um mundo sem Deus.

Ele ainda gravou alguns programas, Catholic Church, builder of western civilization, que podem ser assistidos aqui.

ps.: Tradução livre do autor deste blog para o índice dos conteúdos.

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O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram

che-falso-heroiO verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram
Exposing the real Che Guevara and the useful idiots who idolize him
Humberto Fontova

2007
Avaliação (5 de 5): 

É impressionante como o revisionismo de esquerda conseguiu enganar, e ainda engana, tão bem a mente de milhares de pessoas com a criação de mitos. Che Guevara é, provavelmente, o exemplo mais forte disso, porém não é o mais claro.

Ainda hoje há pessoas que acreditam piamente que o “Che” foi um santo mártir que sempre se preocupou com os pobres e tal…

Pobres vítimas do marxismo cultural!

Alguns, entretanto, sabem que Ernesto Guevara não foi flor que se cheire e que a lista de crimes que o cerca é imensa. Os que não sabem devem ler imediatamente esta apuradíssima obra do cubano-americano Humberto Fontova que desmonta o mito do falso herói argentino: O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram.

É um favor à humanidade desmacarar este porco assassino.
Cada blusa vendida com a foto de Che é um insulto imenso às centenas de vítimas, diretas e indiretas, de Ernesto “Che” Guevara.
Se você não vestiria uma blusa com o rosto de Hitler, Stálin ou qualquer outro monstro do século XX que manchou de sangue a história mundial, também não deveria vestir a blusa de Che Guevara.

O livro acompanha um DVD para dar mais embasamento ainda e deixar ainda mais irrefutável (se é que isto é possível) o relatório sobre este vergonha latino-americana que foi Che.

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Sócrates encontra Marx

Socrates meets marx

Sócrates encontra Marx
Socrates meets Marx: The Father of Philosophy Cross-Examines the Founder of Communism
Peter Kreeft

2003
Avaliação (5 de 5): 

Você já imaginou como seria um diálogo entre dois personagens que entraram para a História e que nunca se encontraram? Imagine que um destes sujeitos é o filósofo Sócrates e que resolve analisar uma obra do segundo que é, neste caso, Karl Marx, além de tentar ajudar este a conhecer a si mesmo. É isto o que ocorre neste livro formidável de Peter Kreeft.

Ao longo do livro, o Manifesto do Partido Comunista é analisado por Sócrates que, devido à sua incansável busca pela verdade, acaba, vez ou outra, por irritar Karl Marx.

O livro é um diálogo interessante entre estes homens cujas pouquíssimas semelhanças resumem-se basicamente a serem feios e serem responsáveis por idéias que influenciaram – e ainda influenciam – tanta gente.

Com muitas referências a outros nomes marcados na História, o livro faz o leitor acompanhar um bem-humorado e, ao mesmo tempo, sério e importante debate.

Trecho de um dos capítulos do livro. Tradução livre do autor deste blog.

MARX: Que tortura você vai realizar em mim, Doutor Sócrates? Você vai me dissecar?
SOCRATES: Não. Vou dissecar somente o seu livro.
MARX: Você já não sabe exatamente o que está no meu livro?
SOCRATES: Eu sei. Mas você pode não sabê-lo.

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A revolução dos bichos

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A revolução dos bichos
Animal farm
George Orwell
1945
Avaliação (4 de 5): 

“Todos os animais são iguais… mas alguns são mais iguais que outros.”

A revolução dos bichos conta a história de um grupo de animais que certo dia resolve se revoltar contra o dono da fazenda onde moravam. Certo, até aqui não parece ser muito atrativo. Porém, conforme vemos o que acontece na fazenda neste período pós-revolução animalista percebemos a crítica inerente à obra.

Os paralelos com a revolução comunista e com o que ocorreu após ela em todos os países reais que sofreram com tais políticas é impressionante e de facílima observação.

Tal qual em países dominados pela esquerda, o autoritarismo expande-se a passos largos na Fazenda dos Bichos à medida em que o poder dos porcos gradativamente cresce.

É notável também o trabalho de propaganda desenvolvido mormente pela eloquência do agente Squealer para manter satisfeitos todos sob o domínio dos porcos e para perpetuá-los convencidos da benevolência e aptidão do líder e da “ótima” situação vivida por eles, apesar da realidade mostrar-lhes o oposto, bem como para aceitar as mais absurdas mudanças propostas por seus governantes.

O esforçado cavalo Boxer representa, sem dúvidas, aqueles trabalhadores que dedicam suas vidas ao partido e seus carismáticos líderes, defendendo-os e fazendo tudo o que se lhe é dito para fazer, dedicando até o último suspiro de vida um esforço hercúleo para satisfazer os interesses daqueles que dizem estar preocupados com tais trabalhadores quando de fato não o estão.

De fato, as similaridades com a realidade são estridentes. A égua Mollie lembra-nos aqueles que imediatamente após a revolução deixam o país, sabendo do triste destino que aguarda sua pátria. O velho burro Benjamin parece ser um daqueles poucos que de fato vêem e entendem o que está de fato ocorrendo, percebendo a esperteza dos líderes, suas jogadas e investidas, mas permanecendo praticamente mudo, murmurando uma outra frase aqui ou acolá, sendo um ser totalmente apático em relação à vida política de sua terra.

Há na história dos filhotes de cães – que já quando do seus nascimentos são tirados de sua mãe e passam a ser educados pelo governo, e não por sua família – uma semelhança nada sutil com o que andam fazendo hoje em dia (e querem expandir ainda mais!) com as nossas crianças, que já na mais tenra idade passam a ser lobotomizadas sob os moldes estatais, absorvendo consciente e, sobretudo, inconscientemente a cartilha da agenda esquerdista, sendo fiéis defensores de ideologias e déspotas. Ah… como isto é, infelizmente, comum em nosso país, do ensino básico ao superior, cuja educação é construída endeusando figuras ignóbeis cujos trabalhos e idéias deveriam ser completamente esquecidos, apagados da história mundial, como Guevara e Marx!

É esta, e somente esta, a razão para os discursos que defendem a retirada das crianças do seio familiar o quanto antes para que passem mais e mais tempo sob a influência canhota. Moldar os pensamentos e vontades dos infantes para que cresçam militantes.

Outros paralelos entre esta obra e a nossa realidade atual podem ser traçados com pouco esforço, como as galinhas e vacas enganadas com falsas promessas, tal qual o povo mais incauto que sempre vota nos mesmos partidos que os controlam por medo, migalhas e falsas caridades; ou ainda como as mensagens dos líderes mudam lentamente à medida que lhes é possível e apraz. Afinal, é fácil, e por algum motivo encantador para alguns, falar que “todos [os animais] são iguais”, mas o fato é que também é fácil justificar a discrepância no tratamento que diferentes animais recebem, já que “alguns [animais] são mais iguais que outros”…

ps.: Há quem diga que “A revolução dos bichos” é uma crítica de Orwell ao Stalinismo. Mas, cá pra nós, com qual governo de esquerda não podem ser aplicadas tais comparações? Lulismo, Castrismo, Chavismo…

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Psicose Ambientalista

Psicose AmbientalistaPsicose Ambientalista

Psicose Ambientalista
Dom Bertrand de Orleans e Bragança

2012
Avaliação (5 de 5): 

É indispensável a leitura desta obra fantástica que deixa em frangalhos as mentiras e exageros dos ecorradicais.
Se você ainda acredita em aquecimento global antrópico, “buraco” na “camada” de ozônio, se pensa que CO2 é o gás do mal, se acha que Al Gore foi sublime com aquele pseudo-documentário, recomendo que leia esta obra. Quem não acredita, também!

A onda da vez é falar de sustentabilidade, aquecimento global antrópico, camada de ozônio e afins. A maré de informações que vomitam sobre nós é, pode-se reparar, um verdadeiro conjunto de repetições, exageros e mentiras.

Parece haver um consenso entre a mídia e alguns líderes no que tange tais temas, tornando, deste modo, verossímeis as afirmações proferidas.

  • Mas será que é mesmo verdade tudo que nos contam?
  • A mídia (marxista) é confiável?
  • Os professores e outros que estudaram com tais professores, tendo as mesmas formação e informações – e nenhuma outra mais – são de confiança?
  • Merecem credibilidade dados falsos ou incompletos, gráficos forjados, inverdades e mentiras convenientes?

A sociedade, de um modo geral, não sabe que existem (e muitos) cientistas, estudos e mesmo leis da natureza que refutam toda a baboseira que ambientalistas radicais e líderes de esquerda nos ensinam como verdades dogmáticas.

Psicose ambientalista é um dos poucos livros em português que dedica-se a enfrentar o desafio que é peitar as mentiras e exageros sobre o meio-ambiente, desenvolvimento, relação homem-natureza e outros assuntos de naipe ecológico já tidas como verdades.

O livro do intelectual e príncipe imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança é um apurado impressionante de dados, estatísticas, imagens, depoimentos e declarações de cientistas e estudiosos do mundo inteiro que fazem cair por terra as informações dos fanáticos pela natureza e ajudam a defender o natural direito de propriedade e o desenvolvimento.

Vale salientar que o livro não faz apologia à destruição da natureza, ao desmatamento ou a qualquer coisa que o valha; mas que deixa claro que é preciso haver uma moderação e uma divulgação da verdade quanto à natureza e a ação do homem sobre a mesma.

Recomendo fortemente a leitura desta obra sensacional que ajuda a entender nossa situação atual, o porquê de tanta mentira que se usa da natureza para justificar algumas ações políticas e/ou econômicas, quais as reais intenções destas pessoas et coetera.

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Admirável mundo novo

aldousAdmirável mundo novo
Brave new world
Aldous Huxley

1931
Avaliação (4 de 5): 

Esta distopia de A. Huxley é incrivelmente assustadora por ser atual, por descrever tão bem, com décadas de antecedência, a realidade do mundo em que vivemos.

Conforme lê-se este livro, percebe-se muitas semelhanças com a sociedade deturpada que temos hoje em dia e cuja situação só aparenta piorar.

A estória se passa no futuro e mostra uma sociedade que possui alta tecnologia e praticamente nenhuma liberdade individual, uma vez que os indivíduos são programados, desde a tenra infância, a pensar e agir de uma certa maneira.

O primeiro paralelo com a realidade que podemos traçar a partir disto é o seguinte. Já hoje em dia nossas crianças são lobotomizadas nas escolas a pensar o que a esquerda – hegemônica em nossa terra – quer. Questiona-se tudo, menos o que já é tido como verdade dogmática pela left-wing. Tal qual no livro, hoje em dia vemos pessoas, algumas já em idade adulta inclusive, repetindo os mesmos chavões. Algumas vezes com exatamente as mesmas palavras. Quem nunca presenciou um estudante brasileiro dizendo lugares-comum?

O conceito de família que há tempos é atacado devido ao marxismo cultural também é outro ponto que chama atenção em Admirável Mundo Novo. Palavras como “mãe” e “pai” soam tão estranhas quanto um xingamento. Casamento e monogamia são inexistentes nesta realidade distópica.

Os valores morais da tradição cristã também não existem mais. A promiscuidade é via de regra. Jogos sexuais mesmo para crianças são comuns. Clínicas de aborto pululam por todos os cantos.

Daí vê-se a semelhança terrível com o que vem acontecendo atualmente com os nossos infantes, mudando o meio com o qual tal fim é obtido. Músicas indecorosas estão em voga hoje em dia, muitas vezes interpretadas por crianças.

O domínio sobre o que a população pensa e faz se dá pela lavagem cerebral que os programas de condicionamento dão às pessoas desde os seus primeiros dias. Porém, há ainda o soma, uma potente droga, que deixa quem a usa em um estado completamente aquém do mundo real. Obviamente, seu consumo é amplamente difundido. Os que estão no poder também querem mais é que o povo continue a usar tais drogas, para mantê-las sob controle. No Brasil, novelas, carnaval e bolsas-família fazem o mesmo papel, controlando o povo com falsos prazeres, além da forte campanha pela legalização da maconha, por exemplo.

Substituem Deus por uma entidade, um ser qualquer, endeusando um humano, o Ford. De fato, eles separam as eras por “antes de Ford” e “depois de Ford”. Creio que a referência a Ford seja pela fabricação em massa, forma pela qual tudo então é produzido, inclusive humanos.

A covardia do ser humano contemporâneo fica ainda mais evidente com a fuga constante do povo de sacrifícios, penitências e mesmo da senilidade. Dar cabo à vida antes que se envelheça e/ou sofra passa a ser comum.

A. Huxley nomeia os personagens deste livro com nomes bem sugestivos. Por serem tão numerosos, fica difícil pensar que foi por acaso. Bernard Marx, Lenina Crowne, Helmholtz Watson, Mustapha Mond, Henry Foster, Benito Hoover… só para citar alguns.

Muitos outros pontos nos chamam atenção durante a leitura desta obra literária. Acompanhando o que está acontecendo no Brasil e no mundo atualmente, e conhecendo o que é o Marxismo Cultural, esta distopia huxleyiana pode ser considerada uma obra de terror.

É assustadoramente atual!

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A Inquisição em seu mundo

Recomendo bastante esta obra fantástica que trata de um assunto tão polêmico e, por vezes, muito distorcida, proposital ou inconscientemente.

A Inquisição em seu mundo
A Inquisição em seu mundo
João Bernardino Gonzaga

1994
Avaliação (5 de 5):

João Bernardino Gonzaga, professor de Direito da USP, fez neste livro, o que muitos historiadores, e pseudo-professores de História não fazem: usar do processo básico de historiografia, para poder avaliar de forma correta os eventos de uma determinada época.

Avaliando não somente a cultura local, mas também hábitos, fatos, acontecimentos históricos importantes, o professor fala do povo medieval e sua forma de vida nos capítulos iniciais para que, assim, se possa entender melhor a Inquisição. Daí, o nome A Inquisição em seu mundo.

Com isso, evita-se o erro cometido por muitos ignorantes e professores de cursinhos que insistem em querer julgar a Inquisição sob o modo de vida atual.

Esta é uma das poucas obras em português sobre o assunto, mas é bom que você saiba ainda o italiano, o francês, o latim e/ou o espanhol devido às inúmeras citações contidas no mesmo. Afinal, este livro é o resultado de um estudo apuradíssimo, baseado em vários livros de renome e imparcialidade sobre o tema – alguns são de origem européia, e não têm versão traduzida.

Deixo-vos um .pdf da obra. Clique aqui para baixar.

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A infelicidade do século

Este livro deveria ser lido por todos que interessam-se e, principlmente, rejeitam, como eu, o Comunismo e o Nazismo.

A infelicidade do século – sobre o Comunismo, o Nazismo e a unicidade da Shoah
Le Malheur du Siècle
Alain Besançon

2000
Avaliação (5 de 5): 

O renomado historiador francês Alain Besançon faz, nesta obra, um paralelo entre as duas grandes desgraças da humanidade, que ergueram-se e dominaram parte do mundo durante o século XX: o Nazismo e o Comunismo.

A. Besançon nos convida a analisarmos juntos através de um questionamento que ele faz baseado num raciocínio lógico que, porém, muitas vezes passa despercebido: Por que Comunismo e Nazismo, sendo tão semelhantes, recebem, atualmente, tratamento tão diferentes? Um já caiu no esquecimento, ao passo que o outro continua a se estrebuchar.

Apesar de serem ideologias diferentes e ditas rivais, possuíam muitas – muitas mesmo, mais que nós podíamos supor – características em comum. E isto nos é mostrado através de análises das destruições física, moral e política que ambos regimes promoveram. Com isso fica evidente a semelhança demoníaca entre esses dois sistemas.

Trecho dA infelicidade do século:

A primeira [questão] tem a ver com a consciência histórica, que me parece, hoje, sofrer gravemente de falta de unidade. O desacordo tem a ver com o que este século tem de mais característico em relação aos outros: a extraordinária amplitude do massacre de homens feito por homens, que só foi possível pela tomada do poder pelo comunista de tipo leninista e pelo nazismo de tipo hitlerista.

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O guardião de memórias

O guardião de Memórias
The Memory Keeper’s Daughter
Kim Edwards

2007
Avaliação (3 de 5):

Antes de começar a lê-lo, só pelo texto da contracapa, reparei uma semelhança com The man in the iron mask, e como eu gostei deste, resolvi ler essa obra da Kim Edwards.

De fato, estes livros têm em sua história, algo parecido. Ambos falam de dois irmãos gêmeos que, separados ao nascer, crescem em vidas completamente diferentes.

O guardião de memórias possui uma história interessante e envolvente que faz com que você fique preso a cada capítulo, não conseguindo parar de ler até saber como termina cada um.

O “miolo” da história é, em geral, muito bom. Mas nem tudo são flores. A autora utiliza-se bastante de descrições, o que, na minha opinião, deixa a leitura um pouco mais chata por se tornar mais cansativa.

Outro aspecto ruim, foi o desfecho. O livro caiu muito no meu conceito quando terminei de lê-lo, pois o final foi, sinceramente, decepcionante. Não por ser ruim, mas por ser simples demais, ainda mais para O guardião de memórias que é tão rico em descrições e conta minunciosamente o que acontece em cada evento.

Esperava um final diferente para quase todos os personagens. Entretanto, é bom ter histórias que fogem dos famigerados clichês típicos de filmes da Sessão da tarde, onde no último minuto tudo se resolve.

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

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Guia politicamente incorreto da Filosofia

Guia politicamente incorreto da FilosofiaGuia politicamente incorreto da Filosofia
Luis Felipe Pondé

2012
Avaliação (4 de 5): 

Pondé é incisivo e, fazendo jus ao título da obra, é de fato politicamente incorreto do começo ao fim do livro, comentando temas relacionados a diversos pontos que merecem destaque devido à guerra cultural pela qual passamos hoje em dia.

Dentre outros pontos, ele disserta sobre meritocracia, democracia, religiões-modinhas e TL.

Não posso dizer que concordo com todo o pensamento de Pondé, nem mesmo com tudo que ele fala no livro, mas em geral, esta obra é boa.

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Doze horas de terror

Para quem gosta de um bom romance policial, este livro é um prato cheio.

Doze horas de terror
Doze horas de terror
Marcos Rey

1994
Avaliação (3 de 5):

A primeira vez que li esta obra de Marcos Rey foi quando estava fazendo a 7ª série do ensino fundamental. Foi-nos passado este livro como proposta de livro paradidático, e algo incrível ocorreu: a maioria da turma gostou da trama – provavelmente surpreendendo até mesmo nossa professora.

O autor conseguiu criar um romance bem elaborado, com não muitas personagens e uma história que te prende, seja por medo, seja por curiosidade.

Júlio, um rapaz do interior, chega à cidade grande, onde mora o irmão mais velho, Miguel, que está envolvido até o pescoço numa situação perigosíssima devido a um golpe dado numa quadrilha.

Miguel acaba, contra-vontade, envolvendo seu irmão nesse jogo de poder, dinheiro e, acredite, amizade.

A história se desenrola aos poucos, deixando o leitor curioso e fazendo com que ele “investigue” e “sofra” também com nossos personagens principais.

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

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Mafia, amore e polizia

Devo dizer que o segundo livro em italiano que li, Mafia, amore & polizia não é uma obra maravilhosa, mas também não é um “besteirol”.

Mafia, amore & polizia
Mafia, amore & polizia
Alessandro De Giuli / Ciro Massimo Naddeo

1998
Avaliação (3 de 5):

O título é bem sugestivo e não poderia ser outro, afinal a história toda é construída sobre esses três pilares: a máfia, o amor e a polícia.

Este livro conta a história de um casal que se conhece numa viagem rumo à Itália. Durante a viagem e sua estadia no país em forma de stivalo acontecimentos nada comuns fazem com que ambos suspeitem da atuação da máfia e de um possível envolvimento da polícia italiana com a mesma.

Então, a história desenrola-se a partir disso. Tudo que acontecerá a partir de então… somente lendo este bom livro para inciantes na língua de Andrea Bocelli.

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

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Contos comentados de Machado de Assis

Machado de Assis deixou a nós, lusófonos, um legado precioso com suas obras. Os seus contos, particularmente, são meus favoritos.

Contos comentados de Machado de Assis
Contos comentados de Machado de Assis
Álvaro Catelan e Humberto Milhomem

2002
Avaliação (4 de 5):

Neste livro encontra-se uma coletânea de grandes clássicos da literatura brasileira. Uma dezena de contos de autoria de Machado de Assis.

Os autores reuniram pequenas histórias machadianas que sempre têm algo a propor à nossa consciência. Fazendo com que nós também passemos a analisar de uma forma mais crítica aspectos inerentes aos seres humanos, de uma forma geral, e que, provavelmente, nunca havíamos parado para pensar até então.

Ao término de cada conto há breves comentários dos autores, com, quase sempre, citações de outros livros. A análise que fazem de cada conto é bem interessante, porém não-exaustiva, deixando o leitor mais astuto quanto ao estilo de Machado e sedento pelo próximo conto.

Os contos presentes nele estão listados abaixo:

  • Conto de escola;
  • Sereníssima República;
  • Teoria do medalhão;
  • A causa secreta;
  • Um apólogo;
  • O espelho;
  • Missa do galo;
  • A cartomante;
  • O enfermeiro;
  • Cantiga de esponsais;
  • O caso da vara;

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

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Pasta per due

Cosa succede quando siamo in un Paese straniero e non capiamo bene la lingua? Molti equivoci. – Trecho da contra-capa.

Este foi o meu primeiro livro na língua italiana.

Pasta per due
Pasta per due
Giovanni Ducci

1998
Avaliação (3 de 5): 

Para quem está nos primeiros semestres de um curso de italiano, este livro é demais, pois além de possuir uma história fascinante e divertida, apesar de não muito criativa, ele ainda nos apresenta um monte de expressões idiomáticas típicas da Itália.

Aprendemos, pois, nos divertindo com as situações trágicas e, ao mesmo tempo, cômicas que passa a pobre Minni!

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

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A viuvinha

A viuvinha
A viuvinha
José de Alencar

1860
Avaliação (4 de 5):

Meu conterrâneo, José de Alencar, criou uma romance ímpar com A viuvinha / Cinco minutos.

Esta novela publicada em folhetins de jornais na segunda metade do século XIX, conta a história de um casal profundamente apaixonado que é obrigado a se desfazer devido a um problema familiar financeiro da parte do rapaz.

A história é contada como se fosse o narrador a apresentando a sua prima, em forma de carta. O leitor, portanto, fica no meio dessa conversa sabendo o que passa-se com Carolina, a viuvinha.

O título de “viuvinha” não é dado por acaso a Carolina.

Falar mais que isso seria fazer spoiler pois acabaria falando o quê, por quê, quando e como acontecem os eventos que envolvem tanto o casal durante toda a estória.

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Auto da Compadecida

Auto da Compadecida
Auto da Compadecida
Ariano Suassuna

1955
Avaliação (5 de 5): 

Um dos melhores livros que já li. E, de longe, o mais divertido.

Ariano Suassuna, importante dramaturgo brasileiro e membro da ABL, é um defensor da cultura do Nordeste do Brasil. Ele, para criar sua mais famosa obra, Auto da Compadecida, inspirou-se e usou-se de histórias populares nordestinas e compilando-as e modificando partes de forma inteligentíssima, conseguiu compor uma das melhores peças de teatro que, mais tarde, virou minissérie e filme – três filmes, para ser mais preciso.

A história do livro é um pouco diferente da que é mostrada nos filmes (para variar ¬¬), possui personagens e falas nunca sequer citados na obra cinematográfica mais recente. Mas ambas são muito boas e conseguem nos tirar boas risadas, além de nos mostrar, de uma forma deturpada, quão poderosa é a intercessão de nossa advogada, a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa.

ps.: O nome verdadeiro e original da obra é “Auto da Compadecida” e não “O auto da Compadecida”, como muitos pensam.

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O homem que calculava

O homem que calculava
O homem que calculava
Malba Tahan

1939
Avaliação (4 de 5):

Não é à toa que essa obra do professor pernambucano Júlio César de Melo e Sousa seja um clássico. Os problemas e desafios que nosso protagonista, o sábio Beremiz, enfrenta são de Geometria, Cálculo e, principalmente, de Lógica. O que torna a leitura bem interativa, pois o leitor, de fato, se envolve e tenta resolver cada situação.

Nunca vi tantos apostos vocativos, tantos “ó [fulano]”. Isso chega a ser irritante, mas nada que retire o mérito do livro que consegue te prender do começo ao fim.

Para os apaixonados pela Matemática, este livro é recomendadíssimo.
Para os que odeiam a Matemática, também!

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Quero deixar bem claro que não estou fazendo apologia a nenhum dos absurdos descritos nessa história fictícia. Afinal, por ser uma obra inventada, não-verídica, e que se limita à imaginação do autor, tudo pode acontecer, ainda que isso não seja correto, ou mesmo possível.

4 pensamentos sobre “Livros

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